sexta-feira, 17 de julho de 2009

Acerca do sentido da vida II

Após um longo inverno estou de volta e ainda carregando comigo a questão que deixei em minha última postagem: em que repousaria o sentido da vida?
Estive durante todo esse tempo em que fiquei sem postar nada refletindo acerca de tal questionamento. Passo, agora, a apresentar em linhas gerais algo do que pensei nesses dias.
Antes de mais devo confessar que o grande Aristóteles acompanhou-me em todo esse percurso e, não poucas vezes, conferiu-me luz para as conclusões a que cheguei.
Primeiramente, levando em consideração cada ser humano em suas particularidades e aspectos comuns vamos descobrir que é próprio de cada homem buscar a felicidade. O que cada homem deseja visceralmente é ser feliz. Portanto, ainda que de forma incipiente e exclusivamente natural, o sentido da vida humana é a felicidade (levando-se em consideração que o sentido coincide com a finalidade).
Primeiramente me propus investigar se a felicidade não consistiria no que todos hoje entendem por sucesso. O sucesso parece ser uma posição que se alcança pelo lado de fora. É o momento em que algumas pessoas começam a invejar-nos não pelo que somos, mas pelo que temos. Certamente uma vida de aparências não conterá o sentido da vida.
Perguntei-me então se o a felicidade não consistiria no dinheiro, em possuir uma grande conta bancária. Todavia, de forma imediata veio à minha mente que algo que corra o risco de ser roubado não pode coincidir com o sentido da vida e a felicidade. Isso porque pensar em ter o sentido da vida roubado é pensar que outros possuem, ainda que de forma indireta, a decisão sobre o nosso viver ou morrer. E isso é evidentemente absurdo. Se o sentido repousasse em algo desse tipo simplesmente não haveria sentido.
Não gosto, porém, de alongar meus devaneios. Lanço mais uma vez a questão: em que repousaria o sentido da vida? Penso ter lançado pistas que indiquem em quê NÃO consiste o sentido da vida. E já foi lançada ainda que de forma incipiente a idéia de a felicidade seja o sentido da vida. Gastemos pois um pouco mais de tempo na resolução de uma tão urgente questão.
É a dúvida que nos motiva...